A História de Corpse Party Blood Covered: Repated Fear

         Corpse Party é um jogo que já teve suas várias versões da história original e agora, saindo seu último remake mais recente em 2021, venho aqui trazer para quem não consegue jogar o jogo ou entender inglês, sobre do que o game se trata e toda a sua história resumidamente.

⚠️ Avisos:
• É um jogo +18, com várias cenas pesadas, é recomendável não ver quem for sensível.
• Tem spoiler de tudo (obviamente). Se você ainda pretende jogar com toda a experiência é melhor evitar. Além disso, esse ainda é considerado o melhor jogo a franquia, recomendo!
• Será uma leitura extensa dado ao tanto de conteúdo que acho importante manter nesse “”“resumo”””, melhor guardar um bom tempo pra essa leitura.
• Há uma pegada de humor no meio, espero que isso não estrague sua experiência.


Introdução de Personagens

A introdução geral dos personagens dentro do jogo é feita logo após o prólogo, porém para deixar a leitura mais dinâmica já irei introduzi-los brevemente.

Da esquerda para direita: Satoshi, Yuka, Naomi, Seiko, Mayu, Yoshiki, Ayumi, Morishige e Yui.

Satoshi Mochida: Nosso autoproclamado protagonista! Faz-se de corajoso e tenta proteger a todos, mas no fundo é um grande medroso. Além disso, é aparentemente amado por todas as garotas da sua turma, sendo o mais popular.

Yuka Mochida: A irmãzinha do Satoshi, possui uma personalidade extremamente infantil mesmo com seus 13 anos e, ironicamente, deseja agir mais como uma adulta.

Naomi Nakashima: Uma garota extremamente sentimental, mas gosta de possuir a razão em qualquer conflito. Mesmo assim, mantém uma harmonia geral.

Seiko Shinohara: Uma garota bem-humorada, sempre fazendo piadas sujas. É uma grande amiga de Naomi e sempre é o alívio cômico.

Mayu Suzumoto: Quieta e bem tímida, não interage tanto com os outros, entretanto ainda sim é muito querida.

Yoshiki Kishinuma: Um delinquente que só vinha as aulas por obrigação, mas aparentemente formou um laço de amizade com a galera da turma.

Ayumi Shinozaki: Representante da Classe 2-9, também é uma figura principal. Conhecida pelo seu amor pelo oculto, adora reunir aqueles a sua volta para contar histórias de terror.

Sakutaro Morishige: Meio distante da turma, aparenta ser um garoto sério. No entanto, tem uma boa amizade com a Mayu.

Yui Shishido: A professora da classe 2-9, é bem gentil com os alunos e se preocupa com seus futuros. Por causa disso, também é extremamente amada.

(Como a autora Molzu fez uma bagunça colocando nome e sobrenome dos personagens no meio do resumo, eu como um bom aliado do público tive que colocar cores para representar cada personagem, assim quando você não souber que personagem é, só assimilar pela cor ~Fudinho)


O PROLÓGO

O relógio já estava batendo por volta das sete da noite, quando Ayumi resolveu convidar todos presentes a formarem uma roda e ouvirem uma história de terror a luz de velas. A sala estava perfeitamente vazia no meio, por causa do festival cultural que havia terminado um pouco antes.

Shinozaki contava sobre uma antiga escola que existia no mesmo lugar que eles estavam, antes de ser fechada e demolida. Nessa escola, uma professora havia caído das escadas e morrido sem perceber. Atualmente, havia o rumor que por volta desse horário, seu espírito perambulava pelos corredores achando que ainda ensinava na antiga construção, denominada Heavenly Host.

Nesse mesmo momento, a porta bateu, assustando-os. A voz do outro lado falava como dito pela lenda! Após esse arrepio, concordaram que alguém deveria abrir a porta e esse alguém, obviamente seria, infelizmente, nosso protagonista, Satoshi!

Com a porta aberta, tudo esclareceu que era uma pegadinha armada pela Ayumi e a professora deles, Yui, que trouxe consigo a irmã de Mochida, que carregava um guarda-chuva para voltarem para casa.

Mayu riu de toda a situação e, com lágrimas no rosto, logo agradeceu pela sua amizade e companhia. Esse era seu último dia na escola. Por causa disso, Morishige se propôs a tirar uma foto de classe como recordação.

No meio da triste despedida, a representante da turma rapidamente teve uma ideia. Um pouco antes ela havia aprendido como fazer um amuleto de amizade eterna e pretendia usá-lo nesse contexto para reforçar a amizade que tinham com a Mayu.

O feitiço para o amuleto se resumia em todos falarem “Sachiko, eu lhe imploro!” pelo número de pessoas ali presentes e arrancarem um pedaço de uma boneca de papel previamente feita. O pedaço que cada um ficasse seria a prova de sua amizade eterna e por isso não deveria ser perdido.

Com tudo explicado, eles se reuniram em volta da boneca de papel, agarrando firmemente, e proclamaram o encanto exatas 9 vezes mentalmente. Após o silêncio, cada um rasgou um pedaço e guardou onde seria mais seguro.

Foi um pequeno momento de alegria, até que, repentinamente, um grande terremoto começa, sem sinal de dar trégua e apenas piorando cada vez mais, chegando ao ponto do chão em baixo deles colapsar e eventualmente todos caírem no vão.

Com o passar de um tempo indefinido, Naomi acorda em uma sala de aula estranha, velha e acabada, com vários buracos e rachaduras que percorriam todo os chãos e paredes.

Ao tentar se levantar para visualizar melhor, ela percebe que seu tornozelo acabou torcido na queda, porém, também acaba enxergando Seiko caída inconsciente um pouco a frente, no tablado da professora.

Sua primeira ação foi ver se sua querida amiga estava bem, averiguando se nada foi quebrado ou machucado. Felizmente, Shinohara acordou normalmente ao balançar de Naomi. Foi um alívio.

Depois de uma breve conversa, ambas examinaram a sala, percebendo que as mesas eram pequenas, como se fossem para crianças do fundamental. Seiko logo correu para um papel pendurado no canto da sala, contendo um aviso exclusivo para os alunos de Heavenly Host Elementary...


CAPÍTULO 1

            Ambas ficaram chocadas com tamanha revelação. Basicamente todo mundo foi enviado para a antiga construção escolar que existia antes da sua atual escola, nomeada Kisaragi.

Tentando manter a calma, Naomi propõe que saiam da sala e vasculhem o lugar por uma saída ao invés de ficarem se preocupando. Aparentemente, elas caíram no segundo andar, e descendo as escadas logo encontrariam a porta de entrada, que com toda certeza estava trancada. (Se não tivesse trancada eu ficaria assustado ~Fudinho)

Chegando no destino, Shinohara repara nos armários de sapatos e como todos os tênis eram pequenos, lembrando-se de seus irmãos menores que estariam por volta dessa idade. Dado o horário, eles estariam esperando pelo seu jantar e pelo seu retornar...

                Percebendo que não tinha jeito, com o portão parecendo uma simples decoração pintada na parede, subiram as escadas novamente, dessa vez em procura de uma saída de emergência. Enquanto entravam nas salas para desviar do caminho esburacado, acabaram encontrando um cadáver já decomposto em sua frente.

                Ao tomarem coragem de averiguar sua veracidade, o fantasma de quem possuía esse corpo aparece com a intenção amigável de ajuda-las com algumas informações.

                De acordo com suas palavras, todos que fizeram o feitiço foram trazidos para cá ao mesmo tempo, porém seria impossível eles se encontrarem, pois, esse solo amaldiçoado funcionava como “Espaços Fechados” – Vários lugares idênticos, que se sobressaíam, mas eram essencialmente separados, além de poderem se passar em tempos diferentes – O único jeito de se encontrarem seriam pulando entres esses espaços.

                No final de seu discurso, a porta da sala repentinamente se abriu, fazendo nosso fantasminha camarada desaparecer e no lugar, uma outra alma, uma garota de longos cabelos pretos e vestido vermelho apareceu, encarando-as em posição fetal perto da lousa. Esse evento repentino as assustou o bastante para correr para longe.

                Entrando no cômodo ao lado, estranhamente mais acabado, havia um jornal local, do ano de 1973, contendo a notícia que a série de desaparecimentos de crianças na cidade foi descoberto pela polícia sendo, na verdade, uma série de sequestros. Esses desaparecidos foram encontrados dentro de Heavenly Host e com suas línguas cortadas [...]. A informação além desta parte era difícil de ler dado o borrão.

                Como era uma informação bastante solta, não havia muito o que se fazer a não ser continuar. Andando mais um pouco, elas acabam parando no terceiro andar, onde se localizava os banheiros, tanto feminino quanto masculino, e Seiko, vendo essa oportunidade para relaxar e suavizar a tensão, pediu a Naomi um creme para passar.

                No tempo em que Nakashima fica sozinha, esperando sua amiga do lado de fora, ela escuta um grito muito familiar, que reconhecia como sendo a voz da Yuka e logo fica preocupada.

                Apressando-se, chama Seiko para procurar por ela, mas no exato momento que vão descer as escadas, Naomi acaba tropeçando e piorando a situação de seu tornozelo torcido. A opção restante seria deixa-la descansar na velha enfermaria antes que pudessem continuar se aventurando nesse lugar macabro.

                A situação ficava mais desagradável ao verem a parede do corredor que levava ao escritório da enfermeira coberto por algo gosmento como carne. Parecia que algo bateu naquele lugar em uma velocidade sobre-humana e acabou se tornando apenas um grande aglomerado irreconhecível. (Literalmente parecia que jogaram slime com muita força na parede e ela se espatifou melecando tudo ~Fudinho)

                Apesar disso as incomodarem, depois de conseguirem a chave da sala, Shinohara fez um curativo rápido em sua amiga e deitaram nas camas no canto da parede, bem menos empoeiradas que o esperado, para darem uma pausa.

                Para descontrair, Seiko puxou assunto sobre como é bom saber que todos estavam vivos apesar da situação desesperadora e como seria a hora perfeita para Naomi se declarar para Satoshi, assim que superassem esse contratempo, afirmando que com certeza seria um “Sim!”.

                Contudo, a boa conversa descontraída teve seu término quando outro grito da Yuka, chamando pelo seu irmão, ecoa pelos corredores. Por causa de Nakashima ainda estar descansando do tombo, sua companheira propõe ir sozinha procurar e que logo voltaria.

                Mesmo concordando inicialmente, Naomi logo após de alguns minutos tenta segui-la, porém agora a porta da enfermaria estava trancada, ou melhor, estava firmemente enroscada em cabelos pretos. Ela passava a sentir uma presença enquanto escutava risos de criança e uma voz doce a falar com elas.

                “Tem alguém aqui?”

Ela ponderou assim que ouviu as páginas do diário da enfermeira passarem pelo seu conteúdo, seguido pelo som da caneta escrevendo. Assim que foi conferir, as páginas estavam congeladas, incapazes de serem lidas. 

Foi nesse exato momento em que uma sombra irreconhecível a atacou. No desespero, era improvável ela conseguir desamarrar a porta, mas por sorte, a enfermaria contava com álcool para esterilização e alguns fósforos para acender o aquecedor. 

                Assim que pôs fogos nos cabelos que bloqueavam o caminho, eles desapareceram rapidamente, o bastante para que fugisse daquela horrível criatura antes que fosse tarde demais.

                Não demorou muito para que Seiko corresse para seu socorro, entretanto, abalada pela situação, Nakashima começa a desabafar em como seria impossível elas fugirem de lá, sendo mais fácil apenas desistir logo e aceitarem o destino horrível que as aguardavam.

                Todavia, no meio de suas falas pesadas, há um comentário sobre como o fato delas sumirem seria um fardo para suas famílias pelo resto da vida, o que machucou os sentimentos de Shinohara, que já havia perdido a mãe e agora tinha que tomar conta de seus irmãos no lugar.

                Com essa desavença, ambas se separam e seguem caminhos diferentes, com a desculpa de ser mais eficiente achar uma saída. Seiko acaba fugindo em prantos, chorando por ter brigado com sua melhor amiga e o amor de sua vida. Ela esperava ao menos poder dizer a ela como se sentia antes que a situação chegasse a esse ponto...

                Todo o resto foi um apagão na mente de Naomi, quando se deu conta, estava na porta do banheiro feminino, perguntando-se onde Shinohara estava.

                Ao ouvir um barulho, foi conferir as cabines, deparando-se com a pior cena que poderia ver com seus olhos. Seiko estava se enforcando e prestes a morrer por asfixia.

                A partir desse momento, era uma batalha contra o tempo, no entanto, ela já parecia perdida. Quando Nakashima foi capaz de conseguir apoiar o corpo de sua companheira para aliviar o aperto da corda, a vida dela já havia se esvaído...

                O sentimento de culpa e negação a cobriu por completo. Ela queria ter se desculpado por tudo que disse, não aceitava que umas horas atrás elas riam despreocupadamente e que agora a via terminar seu último suspiro.


CAPITÚLO 2

                Primeiramente temos um flashback de Naomi e Seiko conversando na escola, mostrando sua amizade colorida. No entanto, a única informação que podemos tirar de interessante é que a Naomi quer se casar com o Mr. Catra e ter muitos filhos.

                Em um espaço fechado paralelo, vemos Yoshiki, Ayumi e a Professora Yui juntos em uma das salas de aula pertencentes a escola amaldiçoada, ironicamente a mesma que Naomi e Seiko acordaram. A única diferença entre os espaços seria a porta emperrada no canto esquerdo.

                Ao ouvirem o grito desesperado de Nakashima, a professora se propôs a ir solitariamente, devido ao estado catatônico que Shinozaki apresentava, ver onde ela estava e assegurar sua segurança.

                Infelizmente sua aventura não durou muito.  Ao caminhar sem rumo deparou-se com um espírito com más intenções, que aparentemente não teve boas memórias com seus professores e acabou descontando sua raiva em cima dela, literalmente. Em seu surto de fúria, derrubou o armário contendo várias ferramentas de corte e aplicou força o bastante para fraturar alguns ossos.

                Um grande terremoto acontece logo em seguida. Durante os tremores, a sala onde Yui estava fica fora dos limites e salvá-la não parecia ser mais possível...

                Sem terem essa noção, ao passar do tempo sem sinal de Yui retornar, Ayumi sente um mal pressentimento sobre a situação e sugere que ambos procurem por ela. Com medo de se desencontrarem no meio do caminho, Kishinuma tem a ideia de escrever uma mensagem na sala, caso ela volte enquanto estão fora. Dessa forma, essa sala, 1-A, torna-se o ponto de encontro principal.

                Decididos, começaram a vasculhar o local e se depararam com uma estranha sala no primeiro andar, esticada e sem espaço para as carteiras. Shinozaki se sente mal apenas de estar lá, porém ainda assim avançam.

                Logo ao fundo, o azul reluzente da alma de um pequeno menino era observável. A garota, relutante, pediu para que Yoshiki não olhasse em seus olhos. Seguindo sua instrução, ambos passaram por ele sem contratempos, alcançando um pé-de-cabra. Além disso um mecanismo era visível, mas inacessível no momento.

                Com esse utensílio em mãos, eles seriam capazes de desbloquear uma estranha porta atrás de um armário na 1-A. Lá dentro, o que mais chamava atenção era uma alavanca que parecia fazer par com a encontrada no primeiro andar. Ao ativá-la, sua próxima parada com certeza seria a medonha sala alongada novamente.

                Contudo, o fantasma do garotinho não se encontrava mais lá. Agora perambulava nos corredores, perseguindo-os com seus passos lentos, porém incessantes, e dificultava o caminho.

                Superando esse obstáculo, uma passagem para os corredores da enfermaria foi aberta. Estranhamente, diferente do espaço das garotas no primeiro capítulo, nada parecia incomum, tirando certos corpos em apodrecimento que sussurravam um nome em ódio: “Kizami”.

                Continuando o caminho ao terceiro andar, o grupo entra no banheiro feminino e encontra uma sombra parecida com a silhueta de uma pessoa. Ayumi afirma sentir que alguém morreu ali, podendo ouvir sua voz. Não demorou muito para que ela perdesse a cabeça e corresse para longe ao ouvir os gritos de Naomi e sentir a dor de Seiko ao se enforcar.

                Ao segui-la com a intenção de ajudar, Kishinuma se depara com sua amiga falando coisas sem sentindo, rindo e gritando psicoticamente, como se fosse outra pessoa no lugar. Apesar de algumas tentativas de trazê-la a realidade, nada funcionava.

Sem saber como prosseguir, nosso homem ajoelha no canto do banheiro pensando em uma solução. Devido a isso, temos um pequeno flashback de como eles se conheceram, assim como o contexto para a paixão que Yoshiki desenvolveu por ela.

No dia, o professor de Educação Física o pegou fumando escondido no banheiro e o ameaçou de expulsão. Desabafando um pouco sobre seu ponto de vista sobre crianças problemáticas como ele, perguntava-se por que ele sequer vinha a escola se não tinha planos para o futuro.

Concordando com ele, pensou que seria mais rápido apenas resolver essa questão mais rapidamente. Se o batesse ali, ligeiramente a instituição o removeria das aulas e acabaria com o problema.

No entanto, Shinozaki apareceu naquele exato momento, dando a desculpa que o instrutor foi chamado a diretoria. Como ela era uma boa aluna, não teve dúvidas em seu julgamento e saiu de cena. Ao se justificar de o porquê tê-lo salvo, disse, em lágrimas, para ao menos se esforçar até a graduação e não desistir por causa de um professor tão estúpido quanto aquele.

Voltando a realidade, lembrou-se que prometeu protege-la, seja o que custasse nesse lugar esquecido por Deus. Dessa forma, isso só poderia ser um desafio para saber o quanto ele estava disposto a seguir sua palavra. Então, desafiando o destino, Kishinuma a abraçou fortemente, implorando pelo retorno de seu juízo.

Com a magia do amor, ela voltou a si. Contudo, sem se lembrar do que exatamente aconteceu com ela enquanto sua mente era aprisionada pelo tormento dos mortos e, levando um susto ao perceber que seu parceiro a abraçava tão fortemente, o empurrou para longe (primeira derrota do dia, família).

Descendo as escadas, a dupla acaba vendo o espírito, dessa vez de uma garota, entrando na enfermaria. Decidindo seguir cautelosamente para ver do que se tratava, eles se encontram com a Mayu, conversando com duas almas como se fossem amigos de longa data.

Afirmando com convicção que eles não são maus, ela mostra um antigo de jornal com a notícia que as 4 crianças sequestradas foram encontradas no porão da escola junto com um instrutor que segurava uma tesoura ensanguentada. O objeto foi taxado como a arma do crime e a causa da morte: sangramento ou choque por ter suas línguas cortadas. Em anexo, estava as fotos das vítimas, sendo três deles reconhecíveis. Um deles era aquele os perseguia no andar debaixo, enquanto os outros estavam ao lado de Suzumoto.

De qualquer forma, toda a situação não podia ser taxada como normal. Ayumi, então, sugere que a amiga saísse dali, não importando o quanto simpatizasse. Entretanto, nesse momento os fantasmas femininos a levitam no ar e deixa impossível chegar mais perto dela.

Saindo da sala, sem muitas opções, uma alma perambulante esbarra com eles. A garota a reconhece como sendo Naho Saenoki, uma estudante do Ensino Médio especialista no paranormal. A autora havia recentemente morrido naquele lugar amaldiçoado, sendo sua última postagem sobre o feitiço da “Sachiko para Sempre”, mesmo ritual que a turma realizou tempos atrás. 

Ela afirma ter vindo em busca de alguém e que antes de ter o término de sua vida, vasculhou o local dos pés à cabeça. Com isso, foi capaz de compreender que a agonia e desespero das crianças mortas eram os pilares que davam forma para a escola de 30 anos atrás existir e, sem isso, o lugar colapsaria. Dessa forma, Naho sugere que uma forma de salvar sua amiga e escapar daqui seria achar uma testemunha de arrependimento do assassino para apaziguar suas mágoas.

Sem escolhas, resolveram seguir o conselho. Percorrendo todo o terreno disponível, coincidentemente a dupla acha uma pequena boneca antiquada que se desculpa por tudo que fez, afirmando ser uma boa pessoa e ter perdido a cabeça no momento do crime. Shinozaki se irrita com a situação, mas era uma boa oportunidade para tentar acalmar os espíritos. (Antiquada nessa situação significa que era uma boneca antiga, de outro tempo, falei isso pois conheço antiquada como algo mais pejorativo ~Fudinho)

Com isso em mente, rapidamente voltaram a enfermaria e antes que fizessem algo ruim a Mayu, fizeram-nos ouvir os arrependimentos que a boneca repetia. Entretanto, apesar de ficarem em silêncio por alguns segundos, num piscar de olhos correram para fora da sala, levando Suzumoto consigo.

“Nãaaaaaaaaaaaaaao!!”

Um grande grito podia ser ouvido pelos corredores e assim que teve seu fim, o que antes era uma grande amiga para a turma, agora era uma massa de carne esmagada contra a parede. Exatamente do mesmo jeito e no mesmo lugar em que Seiko e Naomi viram tal cena grotesca.

Abalados com o acontecimento, Ayumi sai correndo, jogando a boneca com força contra o chão, em puro desespero. Kishinuma tentou chama-la de volta antes que fosse atrás dela, no entanto sua voz foi interrompida por um monstro que repentinamente o acerta na cabeça com uma marreta, fazendo-o desmaiar imediatamente...


CAPITÚLO 3 

                Como introdução do capítulo, vimos uma dupla de desconhecidos, provavelmente de outra escola, procurando por um amigo que se separou deles. A menina, Mitsuki, comenta que está horrorizada com a morte de uma colega, que teve sua cabeça aberta aparentemente pelo martelo do homem que anteriormente atingiu Yoshiki.

Durante a conversa, eles se deparam com um corredor infinito e o mesmo monstro que comentavam os persegue. O menino que a acompanhava morre, e ela, acaba se deparando com uma nova ala da escola antes de ser pega por um fantasma de criança que subitamente aparece em sua frente.

                Passando para visão de um dos nossos personagens conhecidos, vemos Naomi atendendo uma chamada no seu celular. Uma estranha voz proclama por ajuda até que o tom da sua mãe é ouvido se preocupando com seu paradeiro.

                Ela tenta responder, mas aparentemente sua mensagem não chegava no outro lado da linha. Assim que a chamada se encontra em um silêncio, a voz desconhecida continua pedindo ajuda incessantemente, assustando a garota ao ponto de jogar seu celular escada abaixo.

                Voltando a cena da morte de Seiko, Nakashima em meio de seus arrependimentos se encontra com Naho. A autora explica que provavelmente a causa do ocorrido seria a maldição da escola que com o tempo afeta a mente das pessoas, os tornando insanos de várias maneiras. Alguns percebem isso acontecer e preferem tirar suas vidas, enquanto outros simplesmente são consumidos.

                Em sua saída dramática, apenas botando mais lenha na fogueira, Saenoki deixa claro a Naomi que com a morte de sua amiga ela passou a ser o único ser vivo que ocupava aquele espaço fechado.  Percebendo isso, depois da ligação estranha no telefone, ela entra em desespero e cai escada abaixo, parecendo ter quebrado a perna. Pedindo ajuda de qualquer pessoa que pudesse aparecer, ela implora principalmente pelo nome do nosso protagonista!! (Saenoki é a Naho, essa Molzu que é miseravi e fica colocando o nome e sobrenome ~Fudinho)

                Dessa forma, fazemos nossa transição para o capítulo 3 de fato.

                Somos recebidos com Satoshi e Yuka conversando com um fantasma camarada, ele os explica sobre os espaços fechados e como todo mundo foi parar em espaços diferentes, sendo impossível deles se encontrarem e, se conseguissem, estariam invocando a fúria da escola.

                Mochida faz seu discurso no jutsu para a alma penada e, como um bom protagonista, não deixaria ninguém morrer. Com isso, o fantasma fica tão impressionado com sua determinação que confia a ele seu dever de não deixar mais pessoas terem o mesmo destino que o dele.

                Confiante, eles saem perambulando pelos os corredores, até que alguma hora a fantasma de vestido vermelho rapidamente entra e sai do seu campo de visão. Apesar de um pequeno arrepio, sua determinação só foi abalada ao encontrar um corpo em decomposição, percebendo que o destino mais provável para todos seria aquele...

                Entretanto, por estar perto de sua pequena irmã, Satoshi se propõe a apenas mostrar seu lado forte, para protege-la de tudo que a amedrontasse e com isso não tirou o objetivo de encontrar e salvar a todos da sua cabeça.

                Subindo ao terceiro andar, onde se encontra os banheiros, eles encontram uma pequena chave. Aproveitando o momento, Yuka comenta que gostaria de ir ao banheiro, mas o dos garotos estava bloqueado por tábuas pregadas, enquanto o das garotas tinha um grande rombo no chão, impedindo que entrasse. (Aqui começamos a grande saga da Yuka querendo ir ao banheiro) (Ah não, maldita saga de Yuka querendo usar o banheiro ~Fudinho)

                Sem opções, eles percebem que a chave abre a porta da nossa querida enfermaria. No caminho até ela, é notável dizer que nenhuma mancha se encontrava na parede do corredor, tendo esse fato ocorrido bem antes da morte de Suzumoto. Lá dentro, a menina diz que está bastante cansada e se deita em uma das camas, para não a deixar sozinha, Satoshi a acompanha.

A voz entristecida de Naomi pode ser ouvida durante seu pequeno descanso e isso o preocupa. Ele afirma que sua amiga pode suportar de tudo se tiver alguém ao seu lado, porém se não tiver...

Percebendo que não deveria estar perdendo tempo deitado e relaxado, ele rapidamente convence sua irmã a continuar em frente, não importa quão dura seja a realidade que escondia.

                Saindo do escritório da enfermeira, um jornal subitamente aparece no canto da parede, o mesmo que Mayu entregou para Ayumi e Kishinuma lerem. Desta vez, eles não reconheciam três das crianças, mas percebiam que a quarta vítima dos assassinatos era a menina de vestido vermelho.

                Além disso, nesse tempo em que os irmãos cochilavam, a tragédia que persistia naqueles corredores aconteceu. Um grande rastro de sangue seguia da porta até a parede oposta. Lá, eles encontram o Morishige aparentemente tirando fotos dos restos com uma estranha expressão. (Literalmente uma expressão de “Eita bicho, seqsu” ~Fudinho)

                Puxando conversa, Sakutaro comenta não ter encontrado ninguém até agora e que foi um alívio ver alguém da classe. No entanto, sua preocupação em achar Suzumoto o consumia, sabendo que ela estaria apavorada em uma situação dessas. (Ele não sabe)

                Apesar do reencontro, o garoto diz que prefere continuar suas procuras sozinho, já que com o time separado seria mais fácil cobrir mais espaço. Definindo nossa querida 1-A como ponto de encontro, Satoshi e Yuka ficam à deriva como antes e decidem ignorar os estranhos ocorridos como um mal-entendido.

                Descendo ao primeiro andar, um grande terremoto acontece e um corredor desconhecido, que claramente não estava ali antes, aparece. Por essa entrada eles tem acesso a uma segunda construção pertencente a escola, que possuía um aspecto ainda mais antigo, através de uma passarela que poderia facilmente ser pulada para pôr os pés na floresta e sua chuva incessante que rodeava o lugar. (Me pergunto até hoje o que ocorreria se vazasse dali ~Fudinho)

                Essa segunda ala tinha um ar sufocante e explorando brevemente eles apenas encontravam pessoas desconhecidas em estado catatônico. Estava claro que não seria uma boa idéia permanecer mais tempo por lá, além de que os banheiros daqui também estavam totalmente inacessíveis ou impossível de serem usados.

A esse ponto a Yuka não podia mais aguentar e sua única opção seria ir ao lado de fora, entre as árvores, enquanto Satoshi esperava do lado de dentro. Contudo, sua ida foi interrompida pela alma de uma garota e quando veio correndo a procura de seu irmão, ele não estava mais lá.

                Andando desesperadamente, agora sozinha, ela acaba ouvindo um barulho de câmera novamente. Era Morishige, dessa vez próximo ao corpo de Mitsuki, a garota que vimos na introdução do capítulo. Percebendo seu jeito esquisito de agir, a pequena Mochida decide fugir da presença dele.

Enquanto corria, acaba se esbarrando com um homem e o confunde com Satoshi. Após perceber o mal-entendido, ele se apresenta como Yuuya Kizami, que gentilmente diz que a acompanharia a encontrar seu irmão perdido enquanto ele procura pela sua irmãzinha, já que é sempre bom estar junto de alguém em uma situação dessas.

                Voltando a sala que o corpo da garota recém morta estava, Kizami comenta sobre ter lido bastante coisas sobre o lugar nesse tempo e, aparentemente, o assassino das crianças fantasmagóricas é aquele homem largo e forte que perambula segurando um martelo. Desse jeito, ele reforça o fato para encontrarem seus irmãos o mais rápido possível, antes que fosse tarde, já que o monstro e os fantasmas foram responsáveis pela morte de incontáveis amigos.

                De qualquer forma, a Yuka tinha um problema mais importante no momento, ir ao banheiro!! Yuuya consegue destravar a porta do banheiro feminino da segunda ala e deixa que a menina entre.

                Enquanto esperava ao lado de fora, um amigo, Kurosaki, acaba passando pelo corredor. Ele comenta que foi vasculhar a área da floresta, mas que a saída por lá era uma completa ilusão, assim que se entra nela, nunca mais sairá e isso abaixava ainda seu ânimo. (Como ele descobriu isso só Deus sabe ~Fudinho)

Kizami parece se contentar com esse fato, sabendo que não tinha como sair de lá com vida e o garoto puxa conversa sobre o quão aliviado estava em ao menos ver uma alma viva depois de ver o corpo de Mitsuki, colega de classe deles, morta logo ao lado e justo em um dia que estava tão para baixo.

No meio dos desabafos de Kurosaki, Yuuya subitamente o esfaqueou na barriga e logo depois o chutou para um dos buracos do chão, assim caindo no primeiro andar da segunda construção e impossibilitando Yuka de sequer saber do ocorrido. (Do nada mesmo)

“Dentro dessas paredes... não importa se você é morto por eles ou por mim. De qualquer forma... você está morto.” ~ Yuuya Kizami, 2008.

                Com esse cliffhanger, voltamos para a visão do nosso protagonista. Aparentemente ele desmaiou, sem saber como, e agora acordava em uma sala completamente estranha. Lá dentro, ele encontra uma fita HDV ensanguentada intitulada como “Pesquisa de Kibiki 19/11/2005”, além de um artigo do mesmo autor. (Cliffhanger é o artifício que autores utilizam para deixar o telespectador ansioso para as próximas cenas, ou capitulos, também sou cultura carai ~Fudinho)

                Narrando a sequência de fatos, o escritor comenta a cena da chegada da polícia em uma sala secreta de Heavenly Host, nunca usada oficialmente, com a cena três alunos mortos e uma criança a parte tremendo de medo no canto da sala. Com um depoimento posterior, a vítima sobrevivente alega que, de fato, o criminoso era um de seus professores, aquele que segurava a tesoura.

                Com isso em mãos, rapidamente o homem, filho do diretor da escola, foi levado ao julgamento, mas devido seu estado insano, escapou da prisão, apenas sendo levado a um hospício. Posteriormente ele foi capaz de fugir do local, apenas para voltar ao lugar do crime e se enforcar até a morte.

Aparentemente ele era uma pessoa jovial e adorável onde trabalhava, porém, devido alguma doença de origem desconhecida, com o tempo foi perdendo sua habilidade comunicativa.

De qualquer forma, aquela era apenas a ponta do Iceberg. Depois de tamanho incidente, vários outros começaram a acontecer na escola incessantemente, levando ao seu fechamento em 18 de novembro de 1975. Um dia depois, seu diretor se jogou do telhado e morreu instantaneamente.

 No final de seu texto, Kibiki afirma que pode haver muito mais por trás dessa história horrível, assim como uma maldição para os eventos ocorrer, e a chave para alcançar as respostas seria a garota de vestido vermelho, a única testemunha do caso.

Satoshi reconhece a menina como sendo aquele espírito que viram nos corredores, mas era capaz de uma pessoa que não morreu dessa forma assombrar essa escola junto com as vítimas?

Além dessa semente de dúvida plantada agora em sua cabeça, Naho aparece repentinamente, afirmando que todos os seus colegas vieram parar aqui porque fizeram o feitiço da “Sachiko para Sempre” e erraram, alguém encantou de mais ou de menos. (Among us SUS ~Fudinho)

A autora continuava a plantar discórdia, dizendo que algum dos seus amigos não eram confiáveis e por causa dele todos agora estavam nessa situação horrenda. Mas Mochida não dá ouvidos, como um bom protagonista faria, pois abalaria suas convicções.

Saenoki também reconhece esse nobre sentimento de preocupação pelo próximo, algo que é essencial para dar poder a um encantamento, e decide ajuda-lo minimamente. Pronunciando alguma macumba básica, Naho dá a ele a capacidade de viajar através dos espaços fechados, assim podendo encontrar a todos, ou, ao menos, aqueles que ainda estão vivos. 


CAPÍTULO 4

                Na introdução desse capítulo vemos duas visões diferentes.

                A primeira delas é o irmão da Seiko, Yuu, relembrando-se de uma das conversas que eles tiveram no banheiro, por exemplo: como ela agia como uma mãe tirando o fato de suas brincadeiras pervertidas. Pensando sobre isso, o vemos preocupado com a demora dela para voltar, enquanto eventos estranhos ocorrem em sua casa.

                Por outro lado, através de um flashback de Mayu, descobrimos que ela estava se mudando de escola por causa do trabalho do pai, que seria realocado. Sua mãe não parecia muito contente, aparentemente a relação deles não estava se mantendo saudável.

                Revivendo essas memórias, ela acorda na escola mal-assombrada, confusa, porém não demora muito para que entre em pânico estando sozinha em um lugar desconhecido e acabado. Seu desespero só foi interrompido assim que viu dois fantasminhas de crianças entrando na enfermaria. Curiosa, ela entrou lá dentro... (História que segue)

                Começando o capítulo 4, vemos Satoshi acordar no corredor da enfermaria. A voz de Seiko, preocupada com o estado de Naomi, o guia escadas acima. No meio delas ele encontra o celular da garota, repetindo a mesma ligação estranha que tinha ouvido anteriormente. Apesar de assustado, ele recupera o celular e segue em frente até a porta do banheiro feminino.

                A partir desse ponto, já se era capaz de ouvir uma conversa que parecia ser entre a Nakashima e a Shinohara fofocando sobre uma briga que ele e o Kishinuma tiveram. No entanto, era claro que as falas de Seiko era apenas uma imitação da própria Naomi, falando sozinha.

                Com um estrondo repentino e gemidos de agonia, Mochida, ignorando tudo que tinha ouvido, corre desesperadamente para uma das cabines encontrando sua amiga se enforcando e sofrendo de asfixia.

                Diferentemente dos eventos que percorreram o início dessa história, Satoshi é capaz de salvá-la rapidamente ao afrouxar a corda enquanto a apoiava em seus ombros. Naomi cai aos prantos ao vê-lo e o abraça fortemente, dizendo que havia perdido a cabeça e não se lembra de nada desde que achou que havia quebrado a perna. Agora, ela notava que era apenas o curativo que sua companheira fez no mesmo local.

                Aproveitando o gancho da garota, ele perguntou onde Seiko estava, já que havia escutado sua voz momentos atrás. Recebendo a triste notícia e vendo seu corpo, Mochida toma a frente para ao menos a despendurar para descansar em paz.

                Com uma calmaria repentina, o garoto podia voltar a procurar por sua irmã, já que foram separados no momento que perdeu a consciência. Entretanto, Nakashima parecia meio tonta e desnorteada devido ao incidente recente e Satoshi decide deixa-la descansando no escritório da enfermeira enquanto segue em frente, apesar de todos os perigos.

                Por infortuno, naquele espaço fechado a abertura para a segunda construção da escola nunca surgiu e ele era incapaz de alcançar Yuka do outro lado...

                E em uma mudança de cena repentina, somos jogados para um pequeno vislumbre do passado de Kizami. É uma lembrança antiga, de quando era bem pequeno, quando seu melhor amigo, Kurosaki, havia acabado de comprar uma hamster e ele decide que seria legal mata-lo. Porém sua irmã rapidamente interfere e briga com ele, o tratando horrivelmente.

                Por causa disso, ele afirma que odeia ser o irmão mais novo e gostaria de ter um caçula, mais especificamente uma irmãzinha, que ele respeitaria mais do que todo mundo o respeitava. E foi bem no momento que ria de tal pensamento, ele vê a pequena Mochida correndo desesperadamente para fora do banheiro. A razão para todo alvoroço é que o banheiro estava completamente lotado. Kizami demonstrando alguma dúvida em sua afirmação, vai conferir por si mesmo.

Lá dentro, na verdade a cena era de várias cabines com cordas que penduravam vítimas no teto. Se a razão para tal visão existir era as ações de outros males ou do próprio indivíduo não importava. A verdade era que muitas pessoas convenientemente morreram no mesmo lugar e isso enlouquecia ainda mais a mente perturbada de Yuuya.

Com risos histéricos e irônicos, ele volta a Yuka e afirma que entende o porquê ela estar em uma situação tão horrível e propõe a sua “pequena irmã” a irem embora.

Com o cair de um raio, vemos agora Ayumi sozinha na passarela entre as construções, lamentando sua assustadora solidão. Querendo evitar ainda mais essa situação, ela pensa em esperar na sala 1-A. (Vai ter muita mudança de cena, me desculpem)

                No seu caminho, ela acaba vendo de canto de olho a alma com seu icônico vestido vermelho pela primeira vez, rindo e murmurando sobre sua morte ter sido feito de um professor.

                Sem sorte, no final, nada, nem ninguém, havia tocado naquela sala. Apenas lhe restava a opção de vaguear sem rumo pela escola, tendo esperanças que se encontrariam. Visitando cômodo por cômodo, ela vê que a boneca que trouxe todo o mal a sua colega ainda estava jogada pelo chão da enfermaria. Apesar de desagradável a esse ponto, ela a leva consigo.

                E então, a algumas salas a frente, Shinozaki se encontra com a Naho. Sem perder tempo, a garota grita irritada com a mesma, porque todo aquele papo de ouvir a penitência do assassino resolveria as coisas apenas fez que a morte de Mayu fosse inevitável.

Mas, apesar de tudo, sua expressão mal-humorada sai do seu rosto assim que o Yoshiki entra pela porta. O garoto se apresenta ensanguentado onde foi acertado, mas em contrapartida parecia bem. Ele conta como as coisas chegaram a esse ponto e que depois de ter perdido a consciência ao se ver trancando em uma minúscula sala, estava novamente no corredor da escola assim que acordou, alguma alma bondosa o teria tirado dessa situação.

Cortando esse reencontro aliviador, a Naho diz que não errou em nenhum momento e que a morte da colega era culpa exclusivamente deles. Reafirmando suas convicções, ela repete a explicação dos pilares que sustentavam esse lugar infernal. Dessa forma, talvez a abordagem atual seria acabar com o comportamento violento do culpado, o homem de martelo — Assim como ela afirma —, e um jeito de fácil de fazê-lo era dando sua boneca de volta ao seu cadáver.

Indelicadamente, ela aparenta surtar por alguns segundos após toda a sua explicação e desaparece. Depois de tudo, a dupla não aparenta mais acreditar em suas palavras fielmente, mas sem opções, decidem seguir o plano dela, de alguma forma.

Por sorte, assim que começam a vasculhar o local com outro objetivo em mente, a boneca chora e de forma enigmática diz localizações específicas, contendo compartimentos escondidos. Dentro de cada um deles há uma língua cortada, além do nome daquele em que pertence.

A primeira, pertencia a “Ryou Yoshizawa”, o espírito do garotinho que foi uma das vítimas. Seguindo a ordem da boneca de devolvê-la ao seu dono, a dupla recebe os profundos agradecimentos do menino e um grande terremoto começa a tomar conta da construção.

                Esse terremoto é perceptível até pelo espaço fechado que Satoshi estava e preocupado com Naomi, ele decide voltar a enfermaria. Entretanto, o vulto carmesim aparece no seu campo de visão rapidamente e, o seguindo, ele encontra o celular jogado de Shinohara. Aparentemente, uma caixa de texto estava mostrando na tela e, vendo seu conteúdo, o protagonista decide não o mostrar de imediato para a melhor amiga do responsável pelo e-mail.

                De qualquer forma, ali já era um beco de saída, então o garoto volta pra se encontrar com a Nakashima de fato. Para sua surpresa, ela o esperava em pé no corredor, com trauma dos ocorridos que antes ocorreram naquele miserável quarto. Desculpando-se por deixa-la sozinha, ele explica que nessa versão da escola não existem passagem para a outra construção, só os dando a opção de viajar para um outro espaço fechado em que essa possibilidade exista e enfim consigam se encontrar com sua irmã.

                Mesmo afirmando isso, eles não faziam idéia de como concretizar esse feito. Contudo, essa preocupação foi deixada de lado assim que encontram a chave para o quarto do zelador nas proximidades. O que chamava atenção nesse cômodo era o som estático de TV e como Mochida carregava consigo uma fita e, já que parecia importante, essa era a sua chance de finalmente assisti-la.

                Ao entrarem, além da televisão relativamente nova para o ambiente, havia um amontoado de papéis no chão. Isso era mais um pedaço do artigo de Kou Kibiki, dessa vez desenvolvendo melhor a situação de Yoshikazu Yanagihori, filho do diretor.

                Ele era descrito com uma pessoa, simples, pura e capaz, se tornando professor bem jovem e mantendo uma boa relação com todos, até que um dia fosse atacado por uma doença que transformou todo esse ser humano em algo instintivo e de comportamento infantil. Desde desse ponto, ele começou a carregar uma pequena boneca antiga contigo, um presente de sua mãe.

                É datado que vários meses antes dos sequestros ele já não era capaz de transmitir de qualquer maneira seus pensamentos, porém compreendia a comunicação dos outros normalmente. Infelizmente, nesse estado não tinha como extrair qualquer testemunho dele dos crimes em que era acusado, então tudo restou na sobrevivente, Sachiko Shinozaki, lembrada pela sua vestimenta em cor vermelha.

                De qualquer forma, ela era uma criança que presenciou eventos traumáticos demais e revive-los sem cuidado para os propósitos de pesquisa seria prejudicial a garota. Porém, no ano em que ele escrevia, ela já deveria ser uma adulta crescida e com boa saúde a mais de 10 anos a esse ponto, podendo dar um depoimento objetivo do que aconteceu.

                E enquanto a leitura vai se tornando intensa, vemos mais uma vez o que Ayumi e Kishinuma estão passando nesse exato momento. A alma parece ter sido apaziguada, já que havia sumido. Tendo esse sucesso, eles seguem mais uma vez os enigmas da boneca.

                Ao invés de uma língua, eles encontram uma chave esquisita, que se assemelha a uma chave borboleta usadas para dar corda em relógios, bonecas e caixas de música.

                Aparentemente essa chave borboleta encaixava perfeitamente no dispositivo antes usado por eles para ter acesso a alavanca da sala alongada e, girando-a, sua finalidade foi alterada. Uma outra área não antes explorada foi desbloqueada ao usar novamente a alavanca: a piscina.

                A atmosfera por lá era pesada e isso fazia a Shinozaki extremamente mal, por isso, Yoshiki decide explorar esse local sozinho e acabar rápido com o trabalho para deixa-la descansando por um tempo no vestiário. Claro, eles combinam uma contra medida para emergências. (infelizmente inútil por regra do gênero terror)

                Andando em volta da piscina completamente suja, entre os ladrilhos ele enxerga uma chave, sendo titulada como “Sala de Bomba”, que convenientemente era a placa da porta logo ao final do percurso. No momento em que consegue colocar as mãos nela, uma voz dizendo cansada: “Eu já tive o bastante” reverbera e então um som de algo se jogando na água de lodo chega em seus ouvidos.

                Com receio da situação, Kishinuma sai correndo para sala do vestiário conferir a Ayumi, porém ela não estava lá, em lugar nenhum. Então, sem perder mais tempo, ele decide pular na piscina e procurar em áreas próximas de onde tinha visto turbulência, pois lá em baixo era um tremendo breu por causa da sujeira. Apesar de dificuldade, ele consegue salva-la e reanima-la. Assim que ela se recupera, ela conta que tinha ouvido ele chamar lá fora, por isso havia saído, entretanto ela não lembra como foi parar dentro da água.

Shinozaki parece bastante abalada nesse ponto e o Yoshiki fica bastante estressado, porém isso poderia significar que tinha algo importante naquela piscina de fato, já que algum fantasma se deu o trabalho de enganá-la. Por isso, os dois decidem ir à sala de bombas depois de acalmarem os ânimos na chuva incessante.

Lá dentro eles drenam a água da piscina, que havia inúmeros corpos apodrecidos junto com uma nota que dizia sobre ter escondido seu tesouro no encanamento. Rodando a manivela designada a encher de volta a piscina, algo enfim cai de lá, sem a água junto, entretanto. Era uma pequena bolsa contendo uma língua, escrito “Tokiko Tsuji”.

Bem, sabendo o que fazer, eles caminham a procura de um fantasma feminino, contudo, eles encontram duas lado a lado. Para a saber de quem, de fato, era a língua o jornal com o nome de foto das vítimas veio a calhar. Bem, uma tinha cabeça, a outra não, apesar de não ser reconhecido por rosto, a outra claramente tinha um nome diferente. Sendo assim, a segunda língua foi entregue ao seu dono com sucesso. (Mina sem metade da cabeça, mas não pode faltar uma linguinha ~Fudinho)

Enfim, a boneca chora mais uma vez. E como um deboche, descreve de forma horrenda os restos mortais de Mayu, pois logo ali embaixo, estava o que eles queriam. Eles automaticamente assumem derrota, jogando a boneca, agora risonha, para longe. Não tinham como mexerem nos restos mortais de uma amiga, pensaram.

É assim que Morishige dá as caras novamente, ouvindo suas vozes ele se aproxima. Conta que se encontrou com os irmãos Mochidas logo antes, assim como Yuka sozinha em algum momento, mas perdeu a consciência alguma hora e veio parar por ali. De qualquer forma, estava feliz de ter encontrado quase todo mundo bem.

Apesar de parecer uma situação aliviadora, a dupla percebe Sakutaro carregando uma bolsinha ensanguentada e perguntam perplexos onde que ele achou aquilo. Ele responde, sem dar muita atenção, que foi logo ali em cima e que não tinha tempo para isso, pois procurava alguém, então os deu e rapidamente foi embora, repassando o recado de Satoshi (ELE NÃO SABE).

Na bolsinha estava escrito “Yuki Kanno” (kk) e continha, de fato, uma língua dentro.

Ambos deixam o garoto ir embora, sem mais nem menos, com medo do que ele possa ter feito lá em cima, já que suas mãos estavam claramente ensanguentadas, mas prosseguem para devolver a terceira língua ao seu dono, sem querer conferir a situação a fundo.(Maldade no pensamento da Molzu lendo o nome do bicho ~Fudinho)

Ayumi lamenta mais uma vez, falando que não aguenta mais (de novo), pois toda vez que fala com os fantasmas se sente mais perto da morte e queria voltar logo pra casa, pra sua mãe e pro Mochida. (Na frente do garoto que gosta dela, se fudekkkkk).

De qualquer forma nossa Homão tenta alegrar ela, mas é interrompido por um grande terremoto, em que de relance mostra as coisas da Enfermaria quebrando e o diário da enfermeira passando as páginas violentamente.

Assim que eles acordam desse abalo sísmico, a dupla se encontra na sua familiar escola, com tudo no lugar, apesar de não ver os outros. Por isso eles se exalam em alegria e Kishinuma sai pelos corredores escuros procurando seus amigos, o que parecia surreal a esse ponto.

Mas então, um tempo se passou e o clima é quebrado pelo grito da Ayumi. Sombras estavam engolindo a sala que pertencia a realidade, pouco a pouco, e logo após a alma de Yuki aparece de lá.

Ela puxa conversa contando como foi seu rapto. Como brigou com a sua mãe naquela manhã, ela não quis ir direto para a casa e por isso ficou na escola até tarde na companhia de Yoshikazu no dia fatídico. No final, ela agradece pela ajuda a todos que sofreram naquele lugar.

Infelizmente, seus esforços não eram o suficiente, pois não era uma questão simples de perdão ao assassino, as almas das crianças que foram mortas naquele incidente agora eram apenas pilares que sustentavam o espaço amaldiçoado e a solução correta seria trazer o sentimento de arrependimento à tona para que pudesse quebrar o sustento, contudo a declaração da boneca não era o suficiente, porque...

Pausando sua explicação, cabisbaixa, Kanno ao menos diz que estava feliz por trazer ao menos os dois de volta para a realidade, já que não tomaria muito tempo para que voltasse ao seu estado de espírito violento e vingativo graças a aura do lugar corrompendo suas mentes.

Preocupada, então, Shinozaki pergunta se não existe outra forma de salvar os outros e sua única resposta é voltar aos espaços fechados e apaziguar as quatro almas corretamente. Ou seja, recomeçar tudo do zero.

No final, o fantasma de Yuki decide compartilhar sua memória com Ayumi e mostrar o que de fato aconteceu no sequestro e assassinato das crianças, como forma de dar uma luz ao como seria o jeito certo de colocar as almas para descansar.

Segurando as mãos, a mente de Shinozaki se funde com a fantasma, assim podendo reviver a memória em primeira mão. A primeira coisa que ela reconhece é que está frio, aparentemente escuro, já que não consegue ver nada, e não conseguia se mover de jeito nenhum.

Bom, por questão de “narrativa” e não ter que explicitamente narrar mudanças de cena, a leitura do Arquivo do Kibiki em que Satoshi e Naomi estavam lendo no início do capítulo será representado assim, enquanto a memória é revivida pela Ayumi.

Depois do incidente, a família de Sachiko havia se mudado para outra região para não ter que enfrentar as memórias horríveis, porém não consegui localizar sua residência, muito menos havia sequer outro arquivo sobre eles tirando a questão dos assassinatos. Não era uma questão da mídia se focar no que era interessante no momento, e sim realmente, não havia nada, nenhum documento.

Mas, com o tempo sua visão esclareceu, podendo enxergar um garoto, que reconhecia como sendo o Ryou Yoshizawa, e duas garotas, sendo elas a Sachiko e a Tokiko Tsuji, deitadas no chão ao seu lado, amarrados e vendados.

Seu vislumbre de luz foi apagado não muito tempo depois, com o homem em pé, Yoshikazu, percebendo que ela não estava vendada ainda e assim a fazendo estar. Ayumi descreve que isso fez sua audição ficar aguçada, tanto de jeito bom... quanto ruim.

Primeiro, foi o garoto. Por volta de uma meia hora inteira, ela ouviu seus gritos de pura dor e agonia, sem sequer parar por um segundo. Ela não sabia o que estavam fazendo com ele, mas foi algo capaz de o mantê-lo consciente até a vida se esvair do seu corpo.

Segundo, foi a menina ao seu lado. Sem tempo de descanso, os gritos voltaram a ressoar pelo quarto, agora com um tom feminino. Shinozaki não estava mais suportando presenciar tal cena e isso a fazia pensar coisas horríveis como desejar a morte de quem vinha os barulhos. Porém, não demorou muito para que parasse com o som seco de algo pesado caindo.

E então, ela era a próxima da lista.

O lugar que as crianças foram achadas nunca foi usado e era selado desde a construção da escola. Baseado nas evidências, o crime foi cometido por um par de tesouras e, com base nos ferimentos das vítimas, o homem não parecia ter usado toda sua força.

A causa da morte foi descrita como a perda de sangue seguida pela remoção da língua, porém a realidade não era tão simples. De acordo com o testemunho de Sachiko, o primeiro foi repetidamente esfaqueado no abdômen e teve seus órgãos arrancados; a segunda, foi esfaqueada tantas vezes na área acima de sua mandíbula que o resto de sua cabeça foi arrancada...

Agarraram-na pelos cabelos e tiraram sua venda. A visão que ela teve nesse momento foi extenuante. A pessoa que carregava o par de tesouras banhadas por sangue não era o grande homem que sempre suspeitavam, era uma criança, a garota de vestido vermelho.(Revelação de babado ~Fudinho)

Quando suas visões se encontraram, um riso percorreu a sala, junto com o som da tesoura abrindo e fechando repetidamente. Não demorou muito para que a ponta afiada desse objeto sujo e enferrujado fosse direcionada ao seu olho esquerdo e Ayumi gritasse em agonia.

A terceira teve seu olho esfaqueado incontáveis vezes, com a sua consistência se tornando incerta, e no fim deixada para morrer aos poucos. Estranhamente, apenas depois dos assassinatos que suas línguas foram cortadas.

De qualquer forma, graças ao testemunho da quarta vítima e única sobrevivente que Yoshikazu Yanagihori foi oficialmente sentenciado e preso por tal crime. E mesmo que fosse normal a retenção de informações sensíveis sobre ela e a família, era estranho não ter nenhum tipo de traço, como se nem existisse.

Só resta possibilidades alternativas para explicar tal fenômeno e isso é apenas uma presunção. Existia a possibilidade de o assassinato não ter sido cometido pelo filho do diretor. Nos seus dias finais ele era incapaz de conversar com os outros e sempre foi uma pessoa amigável, mesmo com a progressão de sua doença.

Além disso, ele não tinha nenhuma motivação para fazer o que “fez”. Claro, ele poderia ter perdido sua mente igual seu pai, que repentinamente falava em línguas estranhas e agia peculiarmente, escrevendo rabiscos nas paredes e se encolhendo aterrorizado no canto do escritório.

Eu acho que estamos lidando com uma maldição de tamanho imensurável. Desde do dia que foi aberta até o seu fim definitivo, o solo do porão selado da Heavenly Host Elementary existiu como algo amaldiçoado e para descobrir a causa, temos que voltar a história além do sequestro, por volta de 20 anos.

Infelizmente, como a escola antiga foi demolida e uma outra nova foi construída em cima, não há mais meios de investigar o porão diretamente. Entretanto, quem esteve em meus cuidados fez uma descoberta que pode tornar o impossível, possível.

Preparativos estão sendo feitos nesse exato momento. Não perca o próximo relatório.

                                                                                                              Kou Kibiki (22/07/2003).


CAPÍTULO 5

                Começamos o desfecho dessa história com Yuka tremendo de medo, mas decidida a continuar em frente. Com poucos passos, ela pergunta ao Kizami como sua irmã se parecia e, aos poucos, ele descreve uma figura igualzinha a ela, concluindo que ele era seu irmãozão e, a pequena Mochida, sua irmãzinha, destinados a morrer juntos nesse inferno sem escapatória.

                Yuka, ainda mais assustada com tais palavras, forçadamente se separa dele e sai correndo para o primeiro andar, encontrando Kurosaki caído lá, completamente ensanguentado. Ela pensa em ajuda-lo com boa vontade, mas aquele homem vem vindo logo atrás.

                Com um único chute a consciência de Mochida se esvai e seu amigo tenta confrontá-lo para proteger aquela figura indefesa de Yuuya. Os dois acabam se desentendendo no meio da conversa sobre como no passado era dever dele como “melhor amigo” corrigir esse lado do Kizami e ao menos tentaria fazer isso agora.

                Quando a garota voltou a si, o rapaz deitado no chão agora estava completamente destroçado, com aquele ao seu lado completamente sujo de seu sangue. Ele diz para a Yuka como era horrível a maneira que os fantasmas matavam as pessoas, mas que ele a protegeria desse destino, ele mesmo acabaria com sua pequena vida.

                Ela não pensa duas vezes antes de sair correndo, ainda mais depois de ver coisas tão cruéis. Indo em direção a construção principal, a fantasma de vestido vermelho a diz para seguir certo caminho e, cegamente, a segue.

                Assim que passa na porta do laboratório de ciências, o monstro, Yoshikazu, avança em cima de Yuuya que vinha logo atrás. Com um único golpe certeiro de sua marreta, o homem perde a consciência e é arrastado para dentro das portas da sala, nunca mais sendo visto. (não nessa forma 🤭).

            Depois de tanta adrenalina, uma “calmaria” vem com a presença da visão de Morishige. No momento, o garoto estava na segunda construção, tomando uma pausa da sua procura incessante pela amiga tão dependente dele.

                Pensando nisso, viajamos um pouco ao passado. Na escola, ambos eram do clube de teatro e no dia em que teria a escolha de quem conduziria a peça, Mayu veio correndo atrás dele, perguntando o porquê não estar indo no clube hoje, mesmo querendo tanto o papel.

                Sakutaro responde, afirmando não querer mais e a garota não entende, pois tinha o visto ensaiando por um mês inteiro. Ele afirma que a escolha seria feita em base de popularidade no final das contas, então não faria nenhum sentido participar de tal evento, sendo mal aceito.

                Mayu fofamente diz que ela gosta dele, mas já que ele odiava tanto essa situação, não valia a pena ir ao clube afinal, assim propõe que os dois vá embora juntos e até passe em alguma loja pra comprar doces no caminho...

                Voltando ao presente, Morishige comenta em voz alta que esteve andando por aí a procura dela por querer protege-la, mas a razão real era que toda vez que ele ouvia sua voz o chamar, ele sentia sua vida sendo salva e por isso precisava tanto dela agora.(Cadê o Fé nos malucos ~Fudinho)

                Em meio ao desespero, ele pega o seu celular e navega pela galeria de fotos. Ele esteve tirando fotos de cada corpo morto que encontrava pelo lugar e o motivo era justamente poder ver o sofrimento dos outros, sua a única forma de manter sua sanidade sem a presença de sua amiga.

                Parando especificamente na foto de um corpo explodido na parede da enfermaria, afirma que aquele era o amontoado caótico de carne mais chamativo que viu, era estranho pensar que aquilo antes era uma pessoa viva e pensante e até sentiria pena dela se a conhecesse, ainda mais que tudo que ele tinha visto até então parecia corpos falsos na sua concepção.

                De repente, o som de uma ligação sai do celular logo após o som de chamada atendida, apesar da tela continuar travada na foto.

                “Não olhe... Por favor... Não olhe para mim... Para de encarar minhas entranhas... Irmão Shig... Por favor” A voz disse.

A única pessoa que o chamava desse jeito era Mayu, então não era difícil para ele entender o que aconteceu. Foi nesse momento de revelação, que ele entrou em completo desespero e jogou o celular longe em meio a berros.

Dessa maneira brusca, voltamos a presenciar a situação de Satoshi e Naomi. Com o fim da leitura, eles começam a ponderar entre si. Ambos tinham visto um fantasma em vestidos vermelhos os vigiando conforme andavam pelo lugar e, como havia mostrado no jornal da enfermaria, ela com certeza era Sachiko, a menina que presenciou o crime.

Porém era estranho. De acordo com o vídeo, ela não tinha sido morta e, pior ainda, ela não havia crescido nem um pouco como deveria, era apenas uma criança. Mochida, então, propõe que seria uma boa idéia procurar por ela e tentar descobrir o que aconteceu que não foi relatado, pois poderia ser a chave para saírem de lá.

Assim que concordam entre si de realizarem essa busca posteriormente, um terremoto grave acontece, tudo na sala começa a desmoronar e quando o protagonista perde a consciência com a queda da viga, perdemos seu ponto de vista e presenciamos o que aconteceu com a dupla que fugiu temporariamente para a realidade.

Ayumi volta aos seus sentidos aos prantos, mas compartilha o que viu depois de respirar um pouco. A boneca não havia funcionado por ser o arrependimento da pessoa errada, aquele monstro estava apenas tremendo de medo o tempo todo, o verdadeiro assassino era a garotinha de vermelho que estava entre as supostas vítimas, Sachiko Shinozaki.

Exaltada, ela pede para voltar para os espaços fechados para avisar os outros que ainda estão lá, além de finalmente achar um jeito de salvar todos os envolvidos. Entretanto, Yuki aconselha contra, pois mesmo que ela conseguisse se manter sã, ela não conseguiria mais trazer ninguém de volta.

Kishinuma automaticamente fica com o pé atrás por causa de toda a situação, mas Shinozaki o implora para voltar e ajudar o resto a sair de lá, apesar do conselho de Kanno. No final, ele aceita, até porque não havia muitos amigos com quem contar e não queria perder os únicos que tinha.

A fantasminha os deseja sorte na jornada, vendo que estavam decididos a voltar, e entrega uma estranha estátua de mármore com o formato de um demônio, alegando que seria útil para Satoshi. Com esse sentimento de se reunirem os inspirando a continuar, a dupla adentra no solo esquecido por deus mais uma vez para purificarem a alma de Sachiko.

Aparentemente agora que as crianças assassinadas recuperaram suas línguas o lugar estava instável temporariamente, fazendo com que os espaços fechados pudessem emergir em um e revelar cômodos ocultos. Ou seja, seu primeiro passo era revirar a escola mais uma vez e com certeza encontrariam os outros eventualmente.

Na sua primeira volta no térreo, a garota encontra a carteirinha de estudante de Naomi perdida pelo chão, junto com o papelzinho do feitiço da amizade. Era o primeiro sinal que eles se encontrariam logo, então se apressaram para andar pelas redondezas.

Dessa forma, vemos o que está acontecendo dentro da sala do zelador, onde Nakashima estava. Os dois lá dentro não tinham se machucado tanto com a queda e acordam bem, contudo a televisão repentinamente começa a tocar uma fita de gravação que encontraram.

A filmagem começa mostrando Kibiki e Taguchi, seu ajudante e cameraman, dentro de Heavelny Host e bastante animados de terem conseguido botar seus pés por lá. Eles até se perguntam se Naho ficaria brava perdendo uma experiência dessas, porém o clima muda rapidamente quando encontram um defunto vestindo roupas atuais. Sentindo esse senso de perigo, Taguchi pede para saírem de lá o quanto antes possível, já que Kibiki sabia um método de escapar.

Antes que pudesse explicar e realizar esse método, o cameraman entra em desespero, ouvindo vozes e vendo vultos. No fim da fita não se sabe o que aconteceu, mas ele sai correndo sem rumo ao se assustar, deixando a câmera e o escritor para trás.

Naomi sugere que depois de encontrar Yuka a prioridade seria achar outras fitas do mesmo autor ao invés de procurar a alma caída, já que aparentemente havia indícios de uma continuação e era altamente provável que ele mostrasse mais informações de como fugir desse lugar mal-assombrado.

Concordando com a mudança de planos, a dupla sai em direção a segunda construção e param ao perceberem como a escola estava diferente agora. Graças a isso, Yoshiki e Ayumi conseguem os verem do outro lado de uma grande rachadura no corredor adjacente.

Ambas duplas finalmente se reúnem e, apesar do calor do momento, eles trocam informações entre si o quanto antes. Shinozaki tem suas dúvidas quanto ao meio de saída que foi mencionado na fita, tendo em vista que isso não resolveria o problema de fato igual o método que eles tinham em mente, assim como Nakashima acha muito perigoso a alternativa de apaziguar as almas.

Mesmo com esse breve conflito, eles decidem sabiamente não perder tempo, cada dupla seguiria para o seu lado procurando tanto como informações, como as outras pessoas da turma que ainda deveriam estar vivas e voltariam nesse ponto de encontro quando terminassem. Dessa forma, Kishinuma entrega a estátua para Mochida assim como sugerido e segue a Ayumi levemente estressada, que havia esquecido de entregar a carteirinha de estudante de Naomi.

Nesse momento o jogo é dividido em duas visões, uma de cada dupla. Para deixar mais fácil de ler e escrever, irei dividir cada lado individualmente.


VISÃO DE AYUMI E YOSHIKI                

                Não muito longe de onde estavam, se deparam com um depoimento largado de Kibiki. Nele é descrito que Naho, por ser capaz de se comunicar com espíritos, adquiriu um método de botar os pés nesse “solo sagrado” e, por isso, o escritor e seu fiel cameraman conseguiram presenciar em primeira mão essa escola abandonada no tempo. O objetivo da sua primeira ida era apenas explorar e guardar em vídeo a experiência para um posterior artigo sobre os assassinatos e o oculto.

Enquanto mais andavam, mais depoimentos eles achavam esparramados no chão. Dessa vez, era um caderno, assim como suas páginas do diário de Naho.

O caderno em si, estava perdido na entrada da construção [1/5]. Outras duas páginas estavam perdidas nos corredores que levavam ao segundo andar [2/5], [3/5]. E seguindo a linha dessa escola maluca, a terceira estava dentro da Sala de Ciências [4/5].

Do lado da porta, estava caída uma carteirinha de estudante “Yuuya Kizami” e logo ao entrarem, um grande boneco anatômico coberto por um pano estava de frente para eles (apenas bom deixar explícito isso aqui 🤫). De qualquer forma, ao ignorá-lo a pessoa por trás do boneco não faz nenhum mal a eles e podem prosseguir em busca da última página solta.

                No meio do caminho, eles encontram a continuação dos relatórios de Kibiki e decidem lê-lo. Ele comenta que esse lugar por si só é amaldiçoado e devora as almas das pessoas, quanto mais tempo se passa aqui dentro mais de si vai sendo perdido, eventualmente as pessoas perdem o senso de si mesmas, necrosando seus corpos e deixando suas almas com uma essência negra, os tornando um com a escola. Aqueles que evitam esse destino por completo, são atacados por pensamentos e emoções violentas, fazendo qualquer tipo de maldade.

O autor encontrou diversos corpos assim e decide chamar esse fenômeno de “Darkening” ou, para nós, “Escuridão”. Aqueles que passam por isso, mesmo que incompletamente, são fadados a vagar por esses corredores eternamente, pois nem a morte e nem um exorcista pode salvá-los.

No final dessa longa caminhada, eles terminam onde tudo começou, a sala 1-A, e as últimas páginas do diário da Naho estavam lá, completamente em branco [5/5]. Mesmo com a falta de conteúdo físico, era capaz de se perceber, por algum motivo, o conteúdo emocional que foi posto ali.

Naho Notes:

[1/5]      No começo do caderno havia um breve relatório sobre suas investigações em lugares “Sagrados” e um primeiro contraste foi sua ida a propriedade dos Shinozaki, que continha muita presença paranormal, além de um método que requiria 2 pessoas para ir e voltar de Heavenly Host Elementary.

[2/5]      Encontrando a continuação em umas páginas arrancadas do caderno, Naho comenta que no dia que teve que ir obrigatoriamente fazer provas finais, seu mentor foi para a escola dos mortos sem ela. Apesar de o método de escapatória ser simples, ela se preocupou o bastante para ir atrás dele. Em palavras soltas, ela diz ter postado no seu blog e que se culpa por ter que envolver “Sayaka”.

[3/5]      Em uma segunda página rasgada. Naho comenta detalhadamente sobre o Feitiço de Sachiko, assim como um método de ir para casa:
              “O feitiço deve ser pronunciado de acordo com o número de participantes e mais um extra para incluir Sachiko. Dessa forma, ao se partir a boneca de papel, nada de errado acontecerá. Caso contrário, a fúria de Sachiko será despertada.”
              “O método de retorno caso sua alma esteja irritada é refazer o feitiço do jeito certo e de procedência inversa.”

[4/5]      Na próxima página, ela parece estar em desespero, as letras estão borradas de sangue e ilegíveis, apenas é entendível que esse lugar não é o que aparenta ser e, por isso, algum plano deles iria falhar. No final, a autora implora pela segurança de seu mestre enquanto ela pesquisa a fundo os seus erros.

[5/5]     Os sentimentos impostos na última página faziam as letras aparecerem diante de seus olhos. É descrito um sentimento obsessivo de estar ao lado de Kibiki. Naho, agora na beira de sua consciência e com suas mãos negras, o rastreava como uma besta. Quando o achou, ela diz o ter abraçado, com uma voz monótona... [#/5].

                Assim que eles pegam todas as notas disponíveis e completam o caderno, Saenoki dá as caras, dentro da biblioteca do terceiro andar. Nesse momento, ela não parece dar muita atenção para a dupla, mas Ayumi a para, furiosa com o conteúdo na nota [3/5], pois o conteúdo do blog de Naho era disposta da informação errada.

Em resposta, a escritora apenas gargalha. A verdade, é que ela fez isso para que muitos pudessem ser jogados para esse espaço amaldiçoado e se tornassem amostras da pesquisa de Kibiki, aquele que tanto amava.

Como forma de retrucar seu agir pomposo perante ao que tinha feito, Shinozaki expõe a verdade sobre a morte do seu mentor. No final de sua vida, Saenoki sucumbiu a Darkening e sua possessão amorosa por Kou a levou a mata-lo com suas próprias mãos.

Ao ouvir isso, sua figura humana entra em estado de pânico, tanto que esse ataque de desespero a levou a expelir alguma espécie de fumaça negra por sua boca antes de desaparecer. No lugar em que estava anteriormente, uma escultura moldada no formato de um feto apareceu.


VISÃO DE SATOSHI E NAOMI

Já por esse lado, como o objetivo principal era procurar por Yuka e a passagem para a segunda construção estava reaberta, eles não perderam tempo para ir checar as coisas por lá primeiro.

Infelizmente, sua primeira visão do local não era agradável e balançava qualquer determinação. Ao lado do corpo brutalmente assassinado de Kurosaki, os sapatos da irmãzinha de Mochida estavam completamente largados e ensanguentados.  Além disso, não muito longe dali, estava o celular pertencente a Morishige caído no chão. Sua tela ensanguentada reproduzia um vídeo de seus delírios insanos incansavelmente.

Após uma pequena volta, parecia não haver nenhuma alma por perto, seja viva ou morta, entretanto em um espaço apertado entre prateleiras, Yuka estava escondida e só foi notada depois de um olhar afiado de seu irmão.

Aparentemente, após ter ido à construção principal enquanto fugia de Kizami, a fantasma em vermelho foi atrás dela depois de certa calmaria e a espantou de volta para o edifício antigo, dessa vez, carregando uma fita que estranhamente foi colocada em seus bolsos sem seu conhecimento.

Agora, esse time de três foi reunido com a intenção de descobrir mais sobre a pesquisa de Kibiki. Na sala de zelador a nova gravação poderia ser tocada e nela, continha tanto como a informação de saída, aquela descoberta por Ayumi, quando o registro em vídeo de seus finais momentos.

O autor estava na porta do closet logo ao lado, escondendo-se de Naho, até que a resistência da tranca cedeu... O trio, reconhecendo o lugar, abriu a mesma porta com cuidado. Lá dentro, indubitavelmente repousava o cadáver de Kou Kibiki, junto com o corpo sem vida de Saenoki.

Felizmente, graças a curiosidade, foi perceptível que no fundo da parede no guarda-roupas havia um buraco que, através de uma escada de mão, levava direto para o banheiro feminino do terceiro andar.

Naomi fica aflita por pôr os pés novamente no ambiente em que sua melhor amiga perdeu a vida. Satoshi, como forma de aliviar sua culpa sobre o incidente, resolve finalmente entregar o telefone de Seiko, já que a mensagem contida lá dentro mostrava que não foi um suicídio causado pela briga entre elas, pois Shinohara a perdoou e queria voltar aos ânimos.

Nakashima tira um tempo para se acalmar depois de receber a informação e nesse período Yuka vasculha alguns armários no corredor. Dentro de um deles, havia mais uma fita cassete intitulado “Sin” (Pecado), que não era reproduzível mais, visto que a câmera quebrou no meio da gravação de Kibiki.

Enfim, eles haviam concluído seus objetivos pelo momento e decidiram se reunir com Shinozaki e Kishinuma, que coincidentemente, estavam no mesmo andar depois que saíram da biblioteca, apenas bloqueados por um grande buraco no chão.

Ambos trocam as informações que coletaram entre si, assim como a estátua de bebê e a carteirinha de estudante de Nakashima, que continha seu papel do feitiço dentro, é recebida por Mochida e Naomi respectivamente.

Excluindo Morishige, que estava além da salvação, a única pessoa restando para que pudessem completar magia para voltar para casa era a professora Yui. Contudo, não parecia ser mais tão simples assim.

As letras borradas na nota [4/5] ressaltaram-se depois do ocorrido com Naho e mostrava todo seu conteúdo. O plano que falharia seria o método de saída, pois ao presenciar a atmosfera desse lugar amaldiçoado em primeira mão, foi descoberto que as almas que sustentavam essa existência projetavam uma espécie de barreira entre aqui e a realidade.

Resumidamente, ainda era necessário apaziguar os fantasmas das crianças, pois era incerto o que aconteceria se o ritual de escapatória acontecesse enquanto houvesse essa barreira.

Dessa forma, o grupo separa-se mais uma vez, com a expectativa de estar “quase lá”, em busca de informações sobre todo o ocorrido, já que era uma chave para descobrir o método de livrar essas almas do sofrimento.


VISÃO DE AYUMI E YOSHIKI

Considerando que a dupla havia percorrido quase toda construção ao seguir as páginas largadas do diário de Naho, apenas faltava um mísero corredor a ser explorado no térreo. Ayumi sente ama presença ruim ao final do mesmo, mas sua única escolha era seguir em frente.

Ou quase isso, para evitar uma queda do chão a frente, pegaram um desvio através de uma sala ao lado, que inclusive, parecia muito chamativa nos olhos da garota, pois continha um grande pentagrama desenhado.

Yoshiki passou pela sala sem nenhum problema, já que em sua visão nada estava errado, entretanto assim que Shinozaki pões seus pés nela, as portas de saída se fecham, já com seu parceiro do lado de fora, e o chão se abre em uma grande descida.

Por algum milagre, a Professora Yui aparece exatamente nessa hora e é capaz de ajuda-la escapar da queda, contudo, o mesmo não poderia ser dito para ela, já que com os ferimentos que tinha, era impossível.

Kishinuma, enfim, rapidamente consegue arrombar a porta fechada por alguma força misteriosa e tenta ajudar ambas da situação, mas todo o chão estava demorando e era impossível alcançar a professora com segurança.

Com uma despedida repentina e amarga, a figura que os acompanhou a nessa vida escolar como uma mãe diz para não se preocuparem e seguirem seus sonhos, de qualquer forma era muito tarde para evitar seu destino. (F professora ~Fudinho)

Correndo para fora junto com Ayumi, eles têm uma visão do fundo do corredor, um incinerador estava lá, assim como um vulto poderia ser visto entrando dentro dele. Sem tempo para luto, a dupla segue as palavras de sua tutora de serem fortes e observam o que tinha lá dentro.

Uma mísera fita amarela chamava muita atenção no meio da fuligem, parecia ser do conjunto do vestido de Sachiko, porém, o incinerador era incrivelmente fundo, para alcançar o objeto teria que entrar lá dentro, assim como o vulto. Além disso, havia alguma luz escapando de lá, que poderia ser indício de uma sala escondida nessa passagem, o que fazia valer a pena o risco.

Se espremendo nesse ambiente apertado, ambos prosseguiram em frente sem pensar muito. Nossa última visão deles nesse momento se foi ao ouvir Sachiko os implorando para voltar atrás.


VISÃO DE SATOSHI, NAOMI E YUKA

Agora, com o trio tendo em mão duas estátuas que encaixavam perfeitamente em dois pedestais que apareceram travando a passagem da enfermaria, essa era definitivamente a sua próxima parada.

Assim que ambas foram posicionadas e um grande corredor a frente é mostrado, Naomi e Yuka sofrem de uma terrível dor de cabeça, assim como Nakashima afirma que a massa negra que havia a atacado antes estava lá, mesmo que agora aquele lugar não se parecesse nada como antes.

Como Satoshi foi o único a resistir a atmosfera pesada por ora, ele avança sozinho e se depara com alucinações visuais e auditivas de crianças cantando e brincando nas janelas do corredor. No seu fim, há um bilhete de Yoshie preso na porta de madeira, dizendo para Sachiko que logo voltaria. Lá dentro, só existia uma presença, a enfermeira com um pescoço quebrado, que o convidou a entrar e não parecia imediatamente hostil.

Devagar e com cuidado, nosso protagonista percorre o caminho até a mesa com um diário completamente legível, o mesmo que sempre teve suas páginas congeladas e o pega, correndo para fora daquele ambiente desagradável para se reunir o mais rápido possível com suas colegas e o lê-lo.

O seu dono era “Yoshie Shinozaki” e o conteúdo de 19/07/1953 descrevia que era o aniversário de sua amada Sachiko e, por isso, ela a levaria para jantar fora e esperava de coração que sua filha gostasse do gatinho de pelúcia que havia comprado de presente.

Entretanto, antes que pudesse terminar o seu trabalho na escola, o diretor apareceu em sua sala. Diferente do homem amigável que sempre demonstrava ser, hoje ele estava diferente, com seus olhos vazios e frios, e perseguiu Yoshie numa tentativa de estupro.

Ela correu até a escadaria e quando iria descer, sentiu uma mão a empurrando para baixo. Em um instante, a sua queda desajeitada foi capaz de leva-la a morte e para sua sorte ou azar, sua filha, que estava a procurando, presenciou a cena.

O diretor então, avançou em cima dela, mas como era apenas uma garotinha de 7 anos, ela não conseguiu escapar e naquele mesmo lugar, foi estrangulada e, posteriormente, enterrada no porão. O caso de Yoshie foi tratado como acidente e de Sachiko como desaparecida.

Mais posteriormente aos relatos de lamento pós-morte de Yoshie, recheadas de ódio e tristeza, uma grande parte das páginas são aglomeradas e ensopadas de sangue, o que as fazem ser impossível de ler e, ao se pular essa sessão, a próxima página data 12/07/1973.

A autora relata estar muito orgulhosa de Sachiko, pois ela a trazia um monte de crianças para lhe fazer companhia, mas alguns dias depois ela muda idéia, na verdade isso não a trazia felicidade, ela queria ver sua filha.

De alguma forma, agora Shinozaki tinha de volta seu corpo físico e com a ajuda de Yoshikazu, matava cada vez mais apenas por puro prazer e não mais pelo seu bem. Mesmo depois que a escola foi fechada pelos incidentes, a garotinha perambulava esses corredores vazios em busca de qualquer curioso...

Com o término dessa leitura intensa, a única conclusão que o trio tirava disso tudo é que houve esse buraco de 20 anos entre a morte de Sachiko e o começo dos homicídios, assim como o dono da escola era intrinsicamente relevante para essa história e por isso seria uma boa cartada vasculhar mais a sua sala, que estava no último andar da segundo construção.

No caminho, uma deslocada pelúcia de um gatinho preto estava caída no chão, provavelmente era o presente destinado a garota dos vestidos vermelhos...

Além disso, atualmente, a passarela estava amaldiçoada com a visão dos últimos momentos do Diretor, que se jogava do telhado da escola repetidas vezes e, apesar de amedrontador e agoniante ouvir seus gritos de novo e de novo, graças a essa alucinação foi possível localizar a chave para o seu escritório.

A primeira visão da sala não era convidativa, pois demonstrava bem o seu estado caótico quando ainda estava vivo, com imensas escrituras e papeis de selos grudados na parede. Na última gaveta de sua escrivaninha, estava guardada uma bolsinha ensanguentada contendo uma língua apodrecida pelo tempo, era de Sachiko.

Takamine tinha pesadelos todas as noites pelo o que fez e em um dos seus surtos, imaginou que a filha de Yoshie ainda estivesse viva e contaria todos os seus pecados e, por isso, resolveu cortar sua língua fora de seu cadáver enterrado.

A única outra coisa que chamava atenção nessa sala bagunçada, era uma passagem, com uma escada de mão, que levava para baixo, levava ao “porão” que era incrivelmente enorme, com um vasto sistema de túneis subterrâneos.

Perambulando esses corredores com pilhas de corpos expostos, em algum momento ele trombam com Taguchi, o cameraman, ele parecia estar correndo de algo quando os encontra e, mesmo que se acalme ao ver que eram pessoas em carne e osso, a visão de Naomi por algum motivo o amedrontou o suficiente para voltar de onde veio.

Embora ainda mais receosos, o trio continua em frente, com a intenção de sair de lá o mais rápido possível após devolverem o que era de Sachiko por direito.

Uma das salas em que vasculhavam emanava um forte cheiro de podridão, parecia alguma espécie de cômodo de açougueiro, com uma enorme mesa de tábua no seu centro e diversos baldes de sangue e órgãos em volta.

Percebendo que esse lugar desagradável não era o que eles procuravam, o grupo tenta sair da sala, até ouvir sons de passos pesados, o que indicava, com certeza, não ser um dos seus companheiros. Como o lugar era fechado, não haveria como fugir e por isso a primeira alternativa foi se esconderem debaixo da mesa.

Primeiramente, pés apressados aparecem e movem-se até um pequeno armário no fundo e, no final, quem estava atrás dele para exatamente do lado da grande tábua. Largando o corpo imóvel de Seiko no chão, agora sem a língua, ele corre para o esconderijo que a pessoa estava e com um único golpe de sua marreta, Taguchi morre instantaneamente.

Nakashima fica extremamente aflita ao ver o cadáver de sua amiga, mas por sorte sua reação não chamou atenção de Yoshikazu, o qual pegou o corpo que carregava de volta e saiu da sala.

Assim que o sinal de perigo passou, não demorou muito para que a garota levantasse furiosa e corresse sozinha atrás de trilha de sangue que restou dos corpos sendo arrastados, pois, para ela, era imperdoável fazer mais qualquer maldade ao que antes era sua melhor companheira.

Os irmãos tentam segui-la o mais rápido possível, mas a trilha de sangue acaba em um cruzamento entre túneis, naquele ponto se tornava incapaz de descobrir para que lado Naomi foi.

Ao se escolher entre as possibilidades, a dupla acaba finalmente encontrando Yoshiki e Ayumi, agora sem nenhum buraco no chão para os impedir. Aparentemente, o final do incinerador dava na sala ao lado que era um poço de cinzas e corpos, mas, tirando isso, nenhum acidente ocorreu com eles pelo caminho.

Após trocarem informações sobre o ocorrido como palavras de força, a turma decide seguir o caminho a frente, se encontrassem Naomi ou o corpo de Sachiko seria uma vitória de qualquer jeito.

Antes de entrarem na última sala daquele túnel, Yuki, ainda com sanidade, aparece tanto para os tranquilizar quando apressar, pois não demoraria muito para que Shinozaki começasse a perecer para a Darkening, entretanto Naomi estava segura e os encontraria se superasse a verdade.

Assegurados que eles possuíam uma forma de apaziguar a ira de Sachiko e alcançar o coração inocente que ela tinha antigamente, o grupo ultrapassa a porta. A visão do ambiente é chocante, ao lado do corpo enforcado de Yoshikazu Yanagihori, estava o corpo enterrado de Shinozaki, vestindo um vestido amarelo.

Imediatamente, o seu espírito vingativo, a de vestido vermelho, surge enfurecida, segurando uma tesoura nas mãos, ela os diz para voltar ou aceitarem sua morte. Vendo sua investida agressiva, Satoshi se apressa para entregar os itens que poderiam acalmar a alma da garotinha.

Primeiro, ele oferece sua língua perdida e logo depois, oferece o gatinho de pelúcia, seu presente de aniversário, afirmando que sua mãe deseja que todo esse ciclo de crueldade parasse. Imediatamente, sua alma corrompida grita em agonia e retrai, fazendo o lugar estremecer com seu abalo.

O espírito de Sachiko havia sido apaziguado com sucesso e por isso não demoraria para o lugar desmoronar. Como se fosse o combinado, Naomi aparece na sala bastante atrasada, mas na hora certa para fazerem o ritual de saída.

“Pequena Sachiko, nós lhe imploramos...”

Dessa vez, foi dito exatamente 6 vezes, uma para cada pessoa presente e uma extra para a criança.

Com isso completo, Kanno, pela última vez aparece em suas frentes, dizendo que ocorreu tudo bem e agora teriam uma chance de escapar da escola. Infelizmente, ela comenta que isso era algo completamente temporário, pois esse solo amaldiçoado se recomporia, criando uma “nova Sachiko”.

O grupo, então, se apressa para a passarela entre as construções, onde teriam a conexão para ultrapassarem o limite que separava esse mundo da realidade. Olhando-se para trás, a roupa de Yuki se tinge em vermelho...

O som de trovoadas e chuva forte de repente chega em seus ouvidos. Nas redondezas, estava carteiras desarrumadas, exatamente como deveriam estar antes de tudo começar. Esses cinco, Satoshi, Naomi, Yuka, Yoshiki e Ayumi retornaram dessa horrível viagem.

A alegria de finalmente se sentir em casa e seguro durou pouco, já que era notável que faltava ainda mais gente para celebrar essa vitória. Além disso, ao combinarem de se encontrarem na escola no dia seguinte, perceberam que aqueles que perderam suas vidas, Prof. Yui, Mayu, Morishige e Seiko deixaram de existir na realidade.

No final, Heavenly Host Elementary ainda existia e devorava almas inocentes. Uma nova Sachiko continuaria a matança e, o pior de tudo, era que além da dor daqueles que pereceram por lá, os sobreviventes sofreriam todos os dias por ter seus amigos apenas vivendo em suas memórias.


VISÃO DE NAOMI

                Enquanto a turma se reunia e trocava informações entre si sobre os ocorridos, nós vemos Nakashima que, no meio de sua perseguição, deparou-se com um túnel sem saída que além de poeira e terra, havia uma televisão com uma fita rodando.

Era a gravação de Shougo Taguchi, o cameraman de Kibiki, depois que ele se separou do chefe ao chegar no local assombrado. Ele afirma que ia continuar filmando apesar do que aconteceu, já que esse era o trabalho dele e isso serviria como um testamento.

Com isso, a filmagem passa a visão da entrada dos banheiros femininos, onde havia ouvido alguns gritos e barulhos e por isso foi checar.

Seiko estava com as mãos amarradas, incapaz de se defender, enquanto Naomi, completamente enlouquecida, passava a corda em volta de seu pescoço. Shinohara implora para que ela acordasse, contudo era tarde demais, assim que a garota termina o laço ela chuta o balde que apoiava o peso da amiga e a enforca.

Com Nakashima percebendo a presença do responsável pela filmagem e indo em sua direção, a fita acaba com ele fugindo aterrorizado.

Ver a verdade fez a mente da garota entrar em colapso e logo uma névoa negra começou a rodeá-la e impregná-la, ela estava sucumbindo a Darkening e não se importava, a esse ponto era melhor ter a morte.

Foi quando seus pensamentos o traziam sentimentos de ódio, dor, culpa e arrependimento que seu celular recebeu várias mensagens em seguida. Era a mensagem que Seiko iria enviar para ela antes, com o título de “Sem ressentimentos”.

O spam de mensagem não parou até Naomi percebesse que era o jeito do espírito de sua amiga dizer a ela que a perdoava por tudo e nada havia mudado, de dizer que ela deveria ser forte e seguir em frente.

Nessas últimas cenas do jogo, Naomi demonstra devolver o sentimento de Shinohara, a dizendo que a amava e queria poder conversar com ela mais uma vez, ter certeza que ela realmente existiu...

(Quem leu até aqui está de parabéns, poderia até escrever Wingslompsom nos comentários para eu testar um negócio 🕵) (Ou escreve “Molzu faça o resumo de Danganronpa rsrs” ~Fudinho)


FIM...

Mas calma lá que não acabou de verdade! O final descrito acima é sim, um final canônico, porém ele só acontece no final do Book of Shadows, o seu jogo sucessor. O porquê? Bem, deixe-me explicar.


FINAL EXTRA

Na primeira vinda a esse espaço mal-assombrado, a dupla de Ayumi e Yoshiki não são capazes de descobrir a verdade sobre o falho método de saída através das páginas perdidas do diário de Naho e, por isso, no momento em que finalmente se encontram com Satoshi e Yuka no porão abandonado, decidem realiza-lo assim que encontrassem Naomi.

Não demorou muito para que ela aparecesse, entretanto. Ela parecia abalada e não ter sido capaz de recuperar o corpo de sua amiga, mas a turma a convence a voltar imediatamente.

Ao realizarem o encantamento exatas 6 vezes e juntando seus pedaços da boneca de papel sem apaziguar Sachiko, o nosso protagonista acorda em uma manhã normal, parecendo que tudo foi um sonho.

Yuka parece estranhamente alegre e as coisas ficam mais esquisitas ainda ao ir para a escola. Todos os que deveriam estar mortos estavam lá, falantes e alegres, sem contar que o festival, que deveria ter sido no dia anterior, estava acontecendo novamente. Era um dejavu, ou melhor, todos voltaram no tempo e o único que se lembrava disso era Satoshi.

Mesmo tentando impedir que os eventos se tornassem reais novamente, todos do grupo levaram como uma piada de mal gosto, já que ele sempre foi datado como o mais medroso de todos os presentes.

Sua única escapatória, foi refazer tudo do zero, contudo, agora sabendo prever o que aconteceria posteriormente. Talvez ele pudesse ser capaz de salvar todos dessa vez...


Considerações

                Parece uma ótima premissa para uma continuação, não é mesmo? Mas não se engane, o Book of Shadows não conta apenas uma história paralela, como também conta acontecimentos predecessores de alguns personagens como de Naho e Kizami e possui um único capítulo que mostra o que Ayumi e Naomi inventaram de fazer para resolver suas mágoas restantes dessa aventura, importantíssimo para jogar o Blood Drive.

(Spoiler: Elas fazem merda)

                Mas esse “””resumo””” vai ficando por aqui e eu gastei mais tempo da minha vida escrevendo isso do que parece. Se estiverem curiosos por mais, procurem pelos finais extras, que não detalhei aqui, existem alguns bem curiosos em todos os capítulos e algumas cenas bônus são realmente adoráveis. (algumas dói o coração né Ayumi?! 😭)

De qualquer forma, eu realmente aprecio quem leu essa bagaça toda, você estará de portas abertas para o meu coração. E não, não terá um próximo, vocês podem achar os próximos jogos em português se fuçarem um pouco por aí e além disso, poderiam sofrer um pouco jogando-os 🤭.

Feliz Natal pessoa, esse foi meu presentinho pra vocês!

Foto tirada por Morishige antes de realizarem o ritual.

Autor: ~ Molzy

Revisor: ~ Fudinho

Comentários

  1. Excelente trabalho, foi um bom resumo, deu para ver que o anime fez uma boa bagunça na adaptação :V
    O nome dos personagens com cores diferentes ajudou bastante, eu nunca iria diferenciar os nomes dos sobrenomes kkkkkkkkk
    Ler os comentários rasurados é bem divertido tmb kkkkkkkkkkk

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  2. Wingslompsom... sim, eu finalmente achei as palavras mágicas ~(=_=)~

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  3. Muito bem feito, deu para ver a dedicação e o esforço para fazer o resumo com o máximo de qualidade possível. Ficou bem claro e intuitivo, as cores nos nomes ajuda muito a não se perder no meio de tantos personagens. Parabéns pelo resumo nota 10000000/10.

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  4. Por favor, Devolva meu dinheiro que foi convertido do meu tempo perdido nos anos da minha vida que eu fiquei sem ler isso

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