Sherlock Holmes: Crimes & Punishments - Caso 1
Uma vez eliminado o impossível, o que restar, não importa o quão improvável, deve ser a verdade. - Sherlock Holmes
Sherlock Holmes: Crimes & Punishments é um jogo de mistério e aventura em que você toma o controle do detetive titular, o Maior Detetive do Mundo, e tem o trabalho de investigar uma série de casos desconexos em uma Londres do século 19. Disponível para PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One (porém sem tradução para o português.)
Esta review contém spoilers do início do jogo.
A Gameplay
O jogo apresenta mecânicas simples de investigação. No início dos casos, você irá buscar por provas na cena do crime e em outras áreas, falar com os envolvidos, e fazer testes e experimentos para averiguar os fatos.
Enquanto interroga um dos envolvidos, você pode, por exemplo, inspecionar o corpo da testemunha para obter mais algumas pistas, ou pode utilizar seus "sentidos de detetive" para perceber detalhes que a maioria das pessoas deixam passar. Contudo, estas mecânicas falham em aumentar a dificuldade do jogo de qualquer maneira, visto que o próprio jogo "segura a sua mão" bastante durante as cenas de investigação e na execução das mecânicas.
A movimentação apresenta seus problemas (até agora não entendi como funciona ao certo), por vezes segurar o Shift faria o Sherlock correr, em outras ir mais devagar, e por várias vezes acabei ficando preso no cenário ou pelo Dr. Watson, o parceiro do Grande Detetive. Se mover de uma área a outra, algo que você precisa fazer bastante durante a campanha, exige toda vez um longo loading, amenizado levemente pela possibilidade de revisar suas pistas e provas enquanto espera.
Relaxando junto ao melhor nariz do Império Britânico.
A principal e mais chamativa mecânica do jogo é a de deduções, em que com base nas informações que obteve o jogador pode chegar a determinadas conclusões, que no final te levam a duas decisões diferentes por conclusão. Isso possibilita que o jogador acabe por errar por, na maioria dos casos, não prestar a devida atenção a alguma certa informação, e é também responsável por manter um ritmo flúido ao jogo, pois faz-se possível observar quando as peças começam a se encaixar por meio das deduções que já se pode fazer.
Há também alguns puzzles durante os casos, mas.. eles não são muito divertidos, e não há algum notável entre eles, com o próprio jogo te dando a opção de pular estas partes e prosseguir com a investigação.
O miserável puzzle de arrombar fechadura que sempre aparece.
O Caso
Já a muito tempo, sou um grande fã de mídias que envolvem um mistério a ser resolvido (principalmente se tratando de assassinatos, os murder mysteries). Sendo assim, posso dizer que os casos do jogo, em sua maioria, não decepcionaram. Neste post, porém, irei tratar somente do primeiro.
Caso I - The Fate of Black Peter
Este caso foi muito além do que eu esperava que fosse o seu papel, ser apenas o tutorial e nada mais. Ele é baseado num conto real de Sherlock Holmes, The Adventure of Black Peter, e talvez seja esta a razão de ele se destacar tanto entre os casos do jogo (caracterísicas que compartilha com o quarto caso, pessoalmente meu favorito, mas isso fica para outra hora).
Nele, investigamos a morte de Peter Carey, ou Black Peter, um capitão de navio que foi encontrado morto na sua cabana após ser perfurado por um arpão de matar baleias.
Após as investigações, o caso lhe apresenta três suspeitos: O jardineiro, que estava apaixonado pela esposa da vítima, mas que não podia se relacionar com ela devido ao marido, que era alcoólatra e abusivo, John Neligan, um jovem rapaz que invadiu a cabana da vítima na noite após a morte para recuperar alguns documentos de seu pai que lhe dariam uma grana e cujo caderno de anotações foi encontrado na cena do crime, e Patrick Cairns, um marinheiro que tinha um histórico negativo com a vítima e era capaz de realizar o lançamento necessário para matar a vítima sem depender de sorte, além de ter sua presença confirmada na cena por um pacote de cigarros.
O caso é relativamente simples e divertido de resolver, porém o que mais me chama a atenção nele é que há um detalhe, que o próprio jogo não destaca, mas que caso se preste atenção nele acaba por solucionar o mistério.
Há dois copos sobre a mesa na cena do crime, e ambos foram usados. Isso significa que a vítima estava bebendo com o seu assassino (é um fato estabelecido pela sua esposa que ele nunca recebia visitas, logo, é a única possiblidade) momentos antes de sua morte, e sendo o homem rude e rabugento que era, não haveria outra opção se não o seu antigo companheiro de viagens, Patrick Cairns, que no fim estava apenas se defendendo de um homem bêbado e agressivo.
A vítima bebendo com o assassino no conto original.
~ Mob
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